Com a nutrição individualizada, a busca por atendimentos individualizados vem aumentando bastante nos últimos tempos.
Diante dessa procura, cabe ao profissional buscar ferramentas para acompanhar a demanda.
Nesse artigo abordamos como a prática de nutrição pode atender e respeitar as particularidades de cada um, permitindo uma abordagem única.
Confira!
O que é nutrição individualizada?
A nutrição individualizada é aquela que utiliza o máximo de informações e avaliações sobre as características de um indivíduo para tornar as recomendações mais personalizadas.
Para isso o profissional leva em conta todas as informações coletadas na anamnese, dados clínicos, antropométricos e bioquímicos.
Além dos aspectos fisiológicos e nutricionais, é importante relacionar tudo isso com particularidades psicológicas, sociais e econômicas do indivíduo.
No entanto, sabemos que as pessoas têm necessidades nutricionais e metabolismos diferentes, e ver essas particularidades pode ser um grande desafio para o profissional, mesmo com todas informações coletadas.
Mas com os avanços na biotecnologia, podemos contar com as informações contidas no DNA do paciente para somar muito mais precisão à conduta.
Dessa forma, o domínio da interação entre nutrientes e genes, compreendido pela nutrigenética e nutrigenômica, permite ao profissional recomendações nutricionais mais ideais.
Quais os benefícios da nutrição individualizada?
O atendimento nutricional personalizado oferece como benefício o conhecimento profundo do paciente para assim definir condutas nutricionais mais precisas.
Além disso, metodologias susceptíveis à tentativa e erro na hora de prescrever a conduta tendem a ter menor engajamento dos pacientes.
Os erros e desafios acabam desanimando alguns deles, tornando maiores as chances de desistirem do acompanhamento nutricional.
Observa-se também que pacientes entendem, a partir do conhecimento da própria genética, a importância da mudança de certos comportamentos na prevenção de determinadas doenças.
Isso gera maior adesão às condutas nutricionais e ao tratamento indicado, uma vez que conseguem se ver como agentes de mudança.
Como consequência, há maior fidelização do paciente, que diante de resultados mais expressivos ficam satisfeitos e podem divulgar positivamente o seu trabalho.
Teste genéticos na prática nutricional
Contar com exames nutrigenéticos possibilita o nível máximo da individualização, uma vez que cada DNA é único para cada pessoa.
Mas vamos entender isso melhor.
Por meio de alguns polimorfismos genéticos é possível identificar a predisposição ao desenvolvimento de algumas doenças como: obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia.
A partir desse conhecimento, o profissional pode elaborar uma conduta personalizada a fim de evitar o aparecimento dessas doenças.
Existem também polimorfismos que identificam se o indivíduo possui uma necessidade aumentada ou não de determinada vitamina.
Por exemplo, pacientes com genótipo de risco ligado aos genes VDR, podem apresentar necessidades aumentadas de vitamina D.
Juntando essas informações com a avaliação do consumo alimentar, análise bioquímica e sintomas clínicos, o nutricionista poderá definir a necessidade de suplementação ou aumento da ingestão alimentar dessa vitamina.
Podemos verificar também a necessidade de suplementar determinados elementos, como o ômega 3.
Pacientes com genótipo de risco no gene FADS1, estão ligados à menor aproveitamento de ômega-3 pelas células.
Nesses pacientes a suplementação pode ser mais recomendada do que em pacientes com genótipos favoráveis.
Outro exemplo!
Seria o entendimento de como o organismo responde a diferentes elementos.
Os indivíduos que possuem o genótipo de risco no gene MCM6, não produzem ou produzem pouca quantidade da enzima lactase, o que pode levar à intolerância à lactose.
O mesmo pode se aplicar a outros componentes da dieta, e podem direcionar o plano alimentar e as condutas para a inclusão ou retirada desses itens.
No entanto, a genética é uma ferramenta complementar.
Para saber o melhor caminho a seguir é necessário unir todas as investigações a respeito do caso e, a partir disso, interpretar o conjunto de informações disponíveis para definir a melhor conduta nutricional.
Atualmente, é possível adquirir testes genéticos nutricionais realizando parcerias com laboratórios que fazem esse tipo de exame.
Assim, você poderá começar a aplicá-los em seus atendimentos e ter sua própria percepção sobre os impactos de uma nutrição individualizada.
Editora do Blog DGLab