Existem vários conceitos de genética aplicada à nutrição que podem parecer complexos e difíceis de entender no primeiro momento.
Por isso, trouxemos os principais termos para você entender de maneira descomplicada! Confira!
O que é Nutrigenética?
Resumidamente, a Nutrigenética estuda como as diferenças no DNA de cada pessoa impactam no organismo conforme os alimentos ingeridos.
Em outras palavras, ela estuda como a genética (única para cada indivíduo) influencia na sua capacidade de absorver e de metabolizar os nutrientes.
No dia a dia do consultório, ela é usada para mostrar como os polimorfismos genéticos de cada paciente influenciam no processamento dos alimentos que ele consome.
Assim, é possível escolher a conduta mais adequada para cada um.
E Nutrigenômica, o que é?
De forma breve, Nutrigenômica é o estudo da influência que os alimentos exercem sobre a expressão dos nossos genes, e como isso acontece no organismo de cada pessoa.
Ao conhecer como determinados alimentos alteram a expressão gênica, um profissional qualificado pode fazer diferença para que seus pacientes consigam atingir seus objetivos.
Assim, a compreensão do funcionamento dos genes pode ser aplicado no consultório como uma excelente ferramenta de ajuda para a criação de planos alimentares ideais.
O que significa “Epigenética”?
A Epigenética é a parte da genética que estuda modificações na expressão dos genes, levando em consideração alterações não ligadas à sequência do DNA, mas a mudanças bioquímicas nas partes externas dele.
Um exemplo é a metilação, em que a adição do radical metil (-CH3) promove um “fechamento” da estrutura tridimensional do DNA, impedindo a expressão dos genes localizados nessa região.
O que é um Genótipo de Risco?
Os genótipos de risco são aqueles associados com a predisposição a uma característica não favorável.
Um bom exemplo é o genótipo C/C ou C/T do gene FADS1, que leva à menor atividade da enzima dessaturase 1, tendo um menor aproveitamento de ômega-3 pelas células.
Isso mostra que pessoas que possuem esses polimorfismos têm maior necessidade de consumo de alimentos fonte de ômega-3.
E com isso são considerados como “genótipos de risco”.
Você sabe o que significa silenciar um gene?
Silenciar um gene nada mais é que suprimir a expressão desse gene, ou seja, tornar inativa sua expressão.
Em uma analogia mais simples, é fazer com que o gene “em silêncio”, ou seja, que não expresse as informações codificadas por ele.
Dessa maneira, o gene fica impossibilitado de realizar seu papel, que é o de dar ao organismo de uma proteína que faz parte da sua fisiologia.
E o que quer dizer “expressão gênica”?
Expressão gênica é a maneira como um gene se expressa, como ele exerce seu papel na síntese de uma proteína.
No caso de uma pessoa ter um genótipo de risco para determinado gene, um estilo de vida saudável pode diminuir a expressão desse gene.
O que leva ao não desenvolvimento da característica indesejável.
Por exemplo, um paciente pode ter um genótipo de risco para genes que predispõem a alterações nos níveis de colesterol plasmático, ou melhor, a uma dislipidemia.
No entanto, se esse mesmo paciente tem hábitos saudáveis e uma alimentação equilibrada, ele poderá diminuir a expressão desses genes, que passam a não exercer suas funções desfavoráveis.
Painel genético e perfil genético, você sabe o que são?
Para verificar e analisar as informações que trazemos em nosso DNA, identificando as variações das informações genéticas que cada um tem, realizam-se testes (ou exames) genéticos.
O painel genético nada mais é que o conjunto de genes que farão parte de um teste ou exame genético específico.
De acordo com a escolha do painel genético, o profissional de saúde, responsável pela sua aplicação, tem em suas mãos uma importante ferramenta
Com este recurso, consegue-se identificar o perfil genético de cada paciente, ou seja, quais são as informações contidas em seu DNA.
O DNA de cada pessoa contém certas variações, chamadas de polimorfismos, que individualizam cada um de nós.
Assim, quando é realizado um teste genético, seja ele qual for, ele apresentará uma série de informações genéticas que dizem respeito àquela pessoa que se submeteu ao teste.
Nesse caso, podemos dizer que essas informações constituem (total ou parcialmente) o perfil genético dessa pessoa.
Ou seja, o perfil genético é determinado pelo conjunto de variações genéticas que uma pessoa carrega.
Dessa maneira, um determinado painel genético (e consequentemente o teste genético que utiliza esse painel) revelará um perfil genético específico, particular para cada indivíduo.
Os termos e expressões explicados acima você encontrará na prática da nutrigenética, o te auxiliará bastante no trato com os seus pacientes.
Entender essas expressões te ajuda a construir o início de uma base sólida para compreender outros conceitos importantes, que normalmente são encontrados em artigos científicos, livros e revistas sobre o assunto.
Editora do Blog DGLab