Você já deve ter ouvido falar dos compostos bioativos e como eles são importantes no contexto de uma alimentação saudável pelos diversos benefícios que causam em nosso organismo.

O que talvez você não saiba é que os testes genéticos de nutrição e a nutrigenética auxiliam muito no conhecimento individual do paciente para a recomendação desses compostos de uma maneira mais efetiva.

É justamente sobre isso que vamos falar neste artigo. Confira!

Compostos Bioativos: o que são?

Já sabemos das milhares de vantagens em consumirmos frutas e vegetais diariamente, e isso se deve muito ao fato de serem alimentos fontes de compostos bioativos.

Estes compostos são elementos extra-nutricionais que estão presentes naturalmente em certos alimentos, promovendo efeitos bastante positivos à saúde quando ingeridos em quantidades significativas. 

Eles são divididos em classes, sendo que as mais facilmente encontradas em nossa dieta habitual são:

  • Carotenóides (licopeno, betacaroteno, luteína)
  • Polifenóis (flavonoides, catequinas)
  • Glicosinolatos (sulforafanos)

Quais os benefícios para o organismo?

Nos últimos anos, houve um aumento do número de pesquisas sobre os compostos bioativos, mostrando que eles podem ter ação importante na longevidade e prevenção de doenças, principalmente as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Além disso, várias pesquisas indicam que uma dieta com padrão mediterrâneo pode exercer um papel na prevenção de doenças e na melhoria da saúde. Isso porque essa é uma dieta baseada em frutas, vegetais, oleaginosas e demais alimentos ricos em compostos bioativos.

Para se ter uma ideia, um dos maiores grupos de compostos bioativos presentes nos alimentos in natura são os polifenóis e os carotenóides, abrangendo curcumina, luteína, licopeno, beta caroteno, genisteína, catequinas e resveratrol. E cada um desses elementos atua em diferentes vias de sinalização intracelular, levando a efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, cujo desfecho metabólico permite a manutenção da boa saúde. 

Compostos Bioativos e nutrigenética: qual a relação?

Assim como os mecanismos de ação já citados, os compostos bioativos também são capazes de regular mecanismos genéticos (expressão gênica) e epigenéticos (metilação, modificações de histonas e remodelação da cromatina), que têm tanto um potencial terapêutico quanto preventivo.

Por essas e outras razões que o consumo regular de alimentos fontes desses grupos de compostos são tão recomendados, seja por meio da alimentos in natura, ou por meio de suplementação, principalmente quando se tem conhecimento de suas funções e mecanismos de ação.

E a relação dos compostos bioativos com os genes não passa somente por aí, a genética de cada pessoa também pode inferir necessidades individuais de certos elementos.  

Acontece que certas variações genéticas podem predispor o organismo a uma resposta inflamatória mais acentuada, o que impacta na necessidade de antioxidantes e compostos que auxiliam a detoxificação do organismo.

Como utilizar os Compostos Bioativos a partir dos resultados dos testes genéticos?

Sabendo que os polimorfismos ou variações genéticas podem interferir nas necessidades nutricionais de cada indivíduo, saber utilizar essas informações na prática clínica em benefício para seu paciente é extremamente importante. 

Por essa razão os testes nutrigenéticos contribuem muito para um planejamento alimentar mais adequado de acordo com a necessidade de cada um. Mas para isso é necessário entender como cada polimorfismo impacta na resposta do organismo à alimentação, e quais alimentos e/ou suplementos são capazes de modular a expressão gênica.

Para te ajudar nessa, contribuindo para sua prática clínica, disponibilizamos um e-book justamente com essas informações e exemplos de fontes alimentares para cada grupo de compostos bioativos.