Hoje neste post vamos falar das fratura por estresse, o que é, quais os tipos e como prevenir. 

Todos nós sabemos que praticar exercícios físicos de forma regular traz diversos benefícios para a saúde, melhorando os sistemas corporais como o cardiovascular, o respiratório e o muscular.

Porém, todo movimento faz uma tração no tecido ósseo, pois é onde o músculo se insere através dos tendões.

Mas poucas pessoas veem um problema até que pequenas dores começam a aparecer. 

Primeiramente, você já ouviu o ditado que diz que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose?

É aí que entram as fraturas por estresse. 

Continue para entender mais!

Mas o que são fraturas por estresse?

Para entendermos as fraturas por estresse, precisamos antes saber o conceito de remodelamento ósseo.

Antes de tudo, esse processo nada mais é do que o mecanismo pelo qual o osso se renova.

Ou seja, o tecido ósseo troca as suas “células antigas” por “células novas” de forma contínua, garantindo sua integridade ao longo do tempo.

Isso ocorre desde o nascimento, quando os osteoblastos (células que formam os ossos) tornam-se a matriz óssea e, junto com colágeno e cálcio, formam os osteócitos.

Uma vez formados, essas células não produzem mais tecido ósseo. 

E esse processo de renovação óssea continua por toda a vida, sobretudo, sendo mais ativo em alguns lugares do corpo do que em outros, devido ao desgaste (e às lesões) a que são submetidos.

Além disso, os exercícios físicos, a partir dos movimentos (contração muscular), desencadeiam uma aceleração da remodelação dos ossos, ajudando a manter fortes e saudáveis. 

Nesse sentido, como já mencionado: “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”.

Do mesmo modo, um dos principais responsáveis pelas fraturas por estresse são a falta de descanso e de uma nutrição adequada.

Quando um deles é negligenciado por muito tempo, ocorre um desbalanceamento dos processos fisiológicos naturais do nosso organismo, o que pode gerar lesões.

Para se ter uma ideia, do mesmo modo, as fraturas por estresse foram diagnosticadas, pela primeira vez em 1855, em soldados.

Ao realizarem movimentos repetitivos exaustivos que levavam à fadiga, eles sofriam um desbalanço entre a formação e a reabsorção óssea, favorecendo lesões.

Quais os tipos?

O grande risco associado às fraturas por estresse é que elas começam de forma silenciosa, quando o indivíduo sente pequenos desconfortos, principalmente após os exercícios físicos.

Com o tempo, as dores tornam-se mais frequentes, limitando as atividades funcionais do dia a dia e, se não forem tratadas, podem levar à ruptura total do osso.

Aliás, as fraturas por estresse podem ser classificadas pelo seu grau de risco e tempo de recuperação, segundo Arendt e Griffiths.

Em suma, podem ser consideradas pelo estágio da lesão, segundo Fredericson.

De forma simples, o grau de risco depende da localização da fratura, sendo que locais como o colo do fêmur ou a patela têm maior grau de risco do que ossos como escápula e clavícula.

Grau de lesãoTempo de Recuperação
13 semanas
23-6 semanas
312-16 semanas
416 semanas

                                    Tabela Arendt e Griffiths

Entre as principais causas para o aparecimento das fraturas por estresse estão erros de treinamento, seja pelo aumento abrupto do volume ou da intensidade das cargas.

Além do mais, uma alimentação desbalanceada também pode alterar o metabolismo ósseo (dependente de cálcio), prejudicando o processo de remodelação.

Portanto!

É importante ficar atento aos sinais do corpo.

É importante não normalizar as dores que não sejam esperadas pelo processo de treinamento, como dores em músculos que foram trabalhados nas últimas sessões de treino.

Vale notar que dores nas articulações e, principalmente, nos ossos não são comuns e devem ser investigadas desde o seu aparecimento.

Portanto, você evita que se agravem e gerem lesões mais extensas.

Outra recomendação: antes de se exercitar, procure um profissional de educação física capacitado.

Dessa forma, antes de fazer alterações na sua dieta, procure um profissional de nutrição qualificado.

Em suma, antes de tomar decisões sobre compressas frias ou quentes, procure um profissional de Fisioterapia. 

Por fim, seguindo as orientações, diminui o risco de ter que procurar um profissional de medicina para tratar uma lesão em grau mais elevado.