O Gene CYP1A2 é responsável pela metabolização da cafeína no organismo humano, acompanhe neste artigo como é esta relação.

Gene: CYP1A2

Nome: Citocromo P450 (membro 2, subfamília A, família 1)

Primeiramente, o gene CYP1A2 codifica uma enzima hepática responsável por cerca de 95% do metabolismo da cafeína.

Polimorfismos nesse gene têm efeito na velocidade com a qual a cafeína é metabolizada, o que reflete a tolerância que cada pessoa tem ao consumir essa substância.

Além disso, a enzima codificada pelo gene CYP1A2 faz parte do conjunto de enzimas que atuam na fase 1 do processo de detoxificação do nosso organismo.

Genótipos C/C e C/A

Pessoas com esses genótipos para o gene CYP1A2 tendem a sentir mais (ou por mais tempo) os efeitos da cafeína.

Essas pessoas, também podem ter seu processo de detoxificação comprometido.

Genótipo A/A

Pessoas com esse genótipo são considerados “metabolizadores rápidos da cafeína“, sendo capazes de sentir menos (ou por menos tempo) os efeitos dessa substância.

Essas pessoas também tem sido relacionadas a um processo mais eficiente de detoxificação.

A metabolização da cafeína e o Gene CYP1A2

O motivo pelo qual algumas pessoas sentem mais os efeitos da cafeína é que estes são considerados “metabolizadores lentos da cafeína“.

Ou seja, processam a cafeína mais lentamente, tendo ela um efeito mais duradouro no organismo.

Em contrapartida aqueles que sentem menos esse efeito são considerados “metabolizadores rápidos da cafeína”.

Tendo maior capacidade de processamento dessa substância, o que tende a reduzir o tempo de ação no organismo.

Já foi demonstrado que os indivíduos que carregam o alelo “C” para o gene CYP1A2 são mais propensos a metabolizar lentamente a cafeína.

Desse modo, podem estar mais susceptíveis ao infarto quando consomem muitas bebidas ou alimentos contendo cafeína.

Outro aspecto curioso é que indivíduos com genótipo A/A para o gene CYP1A2 tendem a um maior consumo de cafeína, o que pode estar ligado ao seu metabolismo mais rápido dessa substância, permitindo sua ingestão frequente.

Por isso, em suma, o conhecimento do resultado genotípico do CYP1A2 é um fator que ajuda na indicação de quanto e com qual frequência a cafeína (e obviamente o café) deve ser recomendada para cada pessoa. 

REFERÊNCIAS

Cornelis et al. Coffee, CYP1A2 Genotype, and Risk of Myocardial Infarction. The Journal of the American Medical Association (JAMA), 2006.

 Denden et al. Gender and ethnicity modify the association between the CYP1A2 rs762551 polymorphism and habitual coffee intake: evidence from a meta-analysis. Genetics and Molecular Research, 2016.