A vitamina D é uma das vitaminas mais importantes para o bom funcionamento do corpo humano.
No entanto, poucas pessoas sabem de que forma ela atua no organismo. Portanto, elaboramos este artigo para que você saiba tudo sobre esse nutriente.
O que é vitamina D?
Vitaminas são basicamente compostos orgânicos que contém carbono em sua composição, elas funcionam principalmente como catalisadoras das reações que ocorrem no nosso organismo.
Juntamente com isto, duas das características básicas que definem o que é uma vitamina são: solubilidade em água ou gordura e o fato dela não ser produzida naturalmente pelo corpo humano.
No caso da vitamina D, as duas características citadas acima estão presentes, levando-nos a crer que ela é uma vitamina assim como as outras.
No entanto, diferente do restante das vitaminas conhecidas até então, ela engloba um conjunto de moléculas secosteroides.
Resumidamente, moléculas secosteroides são moléculas derivadas de um esteroide no qual tenha ocorrido a separação de suas ligações químicas.
Logo, a vitamina D não é uma vitamina e sim um hormônio, mais precisamente um pré-hormônio que teve suas moléculas quimicamente separadas.
Mas atenção!
Tenha calma, você não precisa se preocupar com isso, pois, ao chamá-la de vitamina D, você também não está errado.
Isso porque na época da sua descoberta, devido ao fato de ser solúvel em gordura e não ser produzida naturalmente pelo corpo humano, ela acabou ganhando o nome de “vitamina D”.
Logo depois de sua descoberta, entendeu-se que a nomenclatura mais adequada a se utilizar era “pré-hormônio”.
Quando ela foi descoberta?
A Vitamina D foi descoberta em 1916 por Harry Steenbock, da Universidade de Wisconsin, ao procurar por uma cura para o raquitismo.
Em sua pesquisa, Steenbock descobriu que o sol poderia ser o portador da cura para esta doença que assolava milhares de pessoas na época.
Nesse ínterim, sua pesquisa trouxe à tona o conhecimento de que através dos raios solares, doenças como o raquitismo poderiam ser prevenidas ou até mesmo curadas.
Graças a sua descoberta a fototerapia passou a ser uma prática comum, indicada por muitos profissionais da saúde a partir daquela época.
Mas e depois?
Logo após a descoberta da vitamina D, Elmer McCollum, intrigado com a baixa ocorrência de raquitismo na noruega, onde a incidência dos raios solares é consideravelmente menor, decidiu estudar a causa por trás disto.
McCollum, constatou que alguns alimentos consumidos na região também eram ricos na vitamina.
Na Noruega, alguns dos principais alimentos consumidos pela maior parte da população eram os peixes de águas salgada, mais especificamente o Bacalhau e o salmão.
Posteriormente, estudos comprovaram que peixes de águas salgada, profunda e gelada também podem ser excelentes fontes desta vitamina.
Onde encontrar Vitamina D?
A princípio, pode se dizer que a vitamina D presente em todos os seres vivos, sejam eles animais ou vegetais, provém do sol.
Resumidamente, podemos associar a forma como ela é consumida, superficialmente, com a cadeia alimentar.
Analogamente, na cadeia alimentar, a energia dos alimentos é transmitida desde os seres produtores até os decompositores, até que possa ser completamente consumida ou retornar à natureza.
Por exemplo, a começar pelas plantas, que, através da fotossíntese, conseguem os recursos necessários para a sua sobrevivência.
Nesse caso, elas conseguem sintetizar a vitamina D necessária para suprir suas necessidades.
Logo em seguida, temos os herbívoros, que só consomem alimentos de origem vegetal.
Através destes alimentos, eles adquirem a maioria dos recursos e nutrientes necessários para a sua sobrevivência.
Já nos carnívoros, boa parte da vitamina D necessária é adquirida através da carne de outros animais.
Neste caso, a presença dos nutrientes já não é tão abundante como é para os herbívoros nos vegetais.
E os seres humanos?
Nós, seres humanos, possuímos um metabolismo de natureza onívora, ou seja, temos a capacidade de digerir não só alimentos de origem animal, como também vegetal.
Assim, podemos dizer que a origem desse nutriente para nós está tanto no sol, quanto nos alimentos de origem animal e vegetal.
Logo, nesses casos, a ingestão de alimentos que contém vitamina D em sua composição se torna mais que necessária.
Assim como outros nutrientes necessários para manter nossa saúde e prevenir complicações causadas pela falta dos mesmos.
Podemos dizer que a dinâmica da absorção da vitamina D é bem semelhante ao da cadeia alimentar.
A diferença é que, nesse caso, muitos animais, inclusive nós, podemos adquiri-la através do sol.
Contudo, em alguns casos, as quantidades obtidas através do sol não são suficientes para suprir as necessidades basais.
Assim, surge a necessidade de consumir outros alimentos fonte de vitamina D, como carne e vegetais.
Principais fontes
Podemos afirmar então que as principais formas de vitamina D são:
O sol
Aproximadamente 90% da vitamina D é produzida através do sol.
A princípio, para que o processo de metabolização da vitamina inicie, é necessário expor ao sol partes do corpo como braços, costas pernas e peito de 5 a 10 minutos.
Logo após ser absorvida, ela é armazenada nas camadas mais profundas da nossa pele, onde está localizada a substância responsável pela ativação da vitamina.
Além da exposição solar, como recomendado pela SBD (sociedade brasileira de dermatologia), existem alguns detalhes aos quais devemos nos atentar.
Por exemplo, para que a vitamina D chegue até você, alguns fatores como a geolocalização, estação do ano e até mesmo a cor da sua pele podem ser determinantes.
Veja, de acordo com a posição da terra em relação a linha do equador, quanto mais afastado você está, menor é a incidência dos raios solares.
E isto, eventualmente, acaba causando uma diminuição diminuição da absorção dos raios ultravioleta e, consequentemente, da quantidade de vitamina D que chega até a nossa pele.
No caso da estação anual, a incidência dos raios solares acaba sendo menor nos meses de inverno, quando a quantidade de raios UVB que atinge o solo é menor.
Alimentação com Vitamina D
Através da dieta, o processo de absorção da vitamina D é muito mais simples.
Basta que você coma algum alimento, seja ele de origem animal ou vegetal, que possua a vitamina em sua composição e deixar que seu metabolismo desempenhe seu papel.
Infelizmente, a vitamina D disponível nos alimentos é bem baixa e se nós dependêssemos somente dela, dificilmente conseguiríamos as quantidades suficientes para suprir nossas necessidades.
Alimentos como salmão, leite de vaca e seus derivados e cogumelos comestíveis são ótimas fontes de vitamina D.
Através da suplementação
Combinar uma dieta rica em nutrientes à exposição solar de maneira saudável é importantíssimo.
No entanto, caso ainda assim não consiga suprir suas necessidades da vitamina D, este pode ser o momento ideal para fazer uma suplementação.
Em suma, normalmente conseguimos suprir nossas necessidades da vitamina aliando exposição ao sol e a alimentação.
No entanto, em alguns casos, algumas pessoas não conseguem absorver a vitamina D necessária.
Seja por uma impossibilidade causada pelas intempéries da rotina ou por alguma característica genética que dificulta a absorção da vitamina.
Logo, isso faz com que seja necessário suplementar esta vitamina de alguma forma a fim de suprir as necessidades.
Mas, quais as formas de suplementação de vitamina D?
A princípio, é importante conhecer qual a sua necessidade da vitamina, para isto, existem alguns métodos de análise clínica.
Aqui na DGLab, através do nosso teste de nutrição profissional, conseguimos identificar se você possuí algum problema na metabolização dessa vitamina ou então uma possível necessidade aumentada da mesma.
Dessa forma se torna possível suprir suas necessidades na medida certa.
A suplementação de vitamina D pode ser feita via oral, por gotas ou comprimidos e, até mesmo, através de uma injeção da mesma, sendo feito diariamente, semanalmente ou mensalmente.
Para que ela serve?
A vitamina D é constantemente associada ao controle do cálcio nos ossos, bem como no metabolismo do mesmo no nosso organismo.
Sua principal atividade no nosso organismo é a regulação do cálcio e do fósforo por meio do controle dos processos de absorção intestinal e reabsorção renal, mantendo os em concentrações suficientes para assegurar a mineralização adequada e o crescimento ósseo em crianças e adolescentes e a saúde óssea global em todas as etapas da vida.
De fato, essa é a função onde ela mais exerce influência no nosso corpo, no entanto, ela também é extremamente importante para outras inúmeras funções, atuando de inúmeras formas no nosso organismo.
No sistema imunológico, a vitamina D atua como regulador imunológico autócrino em várias células.
Simultaneamente, ela participa também da diferenciação de células precursoras em células que ajudam a melhorar a resposta do sistema imunológico.
Já no sistema cardiovascular, ela participa do controle da função cardíaca e da pressão arterial por meio da regulação do crescimento das células musculares lisas, do grau de contratilidade miocárdica e da inibição da renina, interferindo na dinâmica do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Por que eu devo consumi-la?
O consumo diário da vitamina D, seja através sol ou pela alimentação, é de extrema importância.
Quando adquirimos as quantidades necessárias para o organismo, nossa qualidade de vida pode melhorar exponencialmente.
Ela, além de influenciar em vários dos nossos processos fisiológicos, traz vários benefícios a nossa saúde.
Por isto, é tão importante manter sempre uma dieta rica em vitamina D e tomar sol com frequência para obter as quantidades que necessitamos.
Quais as consequências da falta de Vitamina D?
A falta de vitamina d no nosso organismo pode acarretar em algumas complicações, embora não haja uma doença específica relacionada única e especificamente a este tipo de deficiência.
Sabemos que, pelo simples fato dela atuar em várias funções, sua falta pode dificultar ou até mesmo impossibilitar que um desses processos ocorram.
Logo, quando algumas das nossas funções, como o metabolismo do cálcio, não funcionam da forma como deveria, nosso corpo pode não responder bem.
Podemos citar, como exemplo, o nosso sistema imunológico.
A vitamina D, atua auxiliando a sua manutenção ao facilitar que algumas reações que melhoram nosso sistema imunológico ocorram.
Caso ela esteja em falta no nosso organismo, esses processos podem não ocorrer, ou ocorrer sem a eficiência necessária.
Acarretando em uma baixa no nosso sistema imunológico e isso, por fim, acaba nos deixando muito mais suscetíveis a contrair doenças de todos os tipos.
A vitamina D no Brasil
Mesmo em um país como o nosso, onde quase toda a sua extensão possui sol em abundância, ainda existem casos onde as quantidades de vitamina D são insuficientes. Assim sendo, muitos jovens e adolescentes apresentam baixos níveis da vitamina no organismo.
Isso se dá pelo fato de que, atualmente, as pessoas passam tempo demais em locais fechados e sem contato com o sol, raramente se expondo a ele da forma devida.
Logo, seu contato com o sol é menor do que o recomendado e, consequentemente, a absorção de vitamina D acaba não sendo suficiente.
Então, sabendo da importância desta vitamina, busque adaptar sua rotina e sua dieta de forma que consiga suprir as necessidades dela e de outras vitaminas.