Os polifenóis são compostos bioativos conhecidos devido aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, dando muitos benefícios à saúde.
Portanto, nesse artigo falaremos um pouco mais sobre esses compostos valiosos que contribuem na prescrição dos seus pacientes.
Não deixe de conferir!
O que são polifenóis?
Os polifenóis formam um grupo de compostos bioativos mais abundantes em nossa alimentação, em suma, presente em vegetais e frutas.
Eles possuem em sua estrutura química múltiplas unidades de fenol e, ou seja, a partir daí, são subdivididos em grupos.
Os principais grupos de polifenóis são os ácidos fenólicos, desse modo, podemos citar os estilbenos (resveratrol), o ácido clorogênico, as cumarinas, as ligninas e os flavonoides.
Desses exemplos, os flavonóides são o grupo mais estudado, sendo também divididos em subclasses:
- flavonóis
- flavonas
- isoflavonas
- flavanonas
- antocianinas
- catequinas
- proantocianidinas
Onde são encontrados?
Os compostos que fazem parte dos grupos de polifenóis são facilmente encontrados em uma alimentação saudável.
Por exemplo, são fontes de polifenóis os alimentos de origem vegetal como frutas, sucos, chás, café e vinho tinto, além de legumes, leguminosas, chocolate e cereais.
Primeiramente, listamos abaixo alguns tipos de compostos que fazem parte desses grupos de polifenóis, e suas principais fontes alimentares:
- Quercetina: maçã, cebola, frutas cítricas, romã, framboesa;
- Antocianidinas: cerejas, framboesas, mirtilos, amoras;
- Isoflavonas: soja
- Catequinas: chá verde
- Resveratrol: vinho tinto, mirtilos, amoras e uvas;
- Curcumina: cúrcuma;
- Ácido elágico: romã, morango, amoras;
- Apigenina: propólis
Quais são os benefícios nutricionais?
Os principais benefícios fisiológicos dos polifenóis estão ligados à prevenção de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer, além do seu papel na longevidade.
Tais efeitos se devem principalmente pela alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória, o que influencia diretamente no bem-estar, na prevenção de doenças a partir de sua influência nos genes.
Polifenóis e Nutrigenética
Os polifenóis, junto com outros compostos bioativos (como os carotenóides), são capazes de promover modificações epigenéticas, modulando assim a expressão de genes e, consequentemente, a ação de algumas enzimas que estão envolvidas em doenças como o câncer.
Isso nos ajuda a entender melhor porque esses compostos auxiliam na prevenção de uma série de doenças – e a genética está envolvida nesse processo.
Isso porque existem variações genéticas (ou polimorfismos) que podem predispor o organismo a necessitar de um consumir maior de certos nutrientes, como os polifenóis.
Desse modo, são os testes nutrigenéticos a ferramenta pela qual pode ter informações relevantes na hora de fazer um planejamento alimentar preciso, adequando a quantidade desses nutrientes.
A análise de genes que inferem o nível de resposta inflamatória, a necessidade de antioxidantes e a capacidade de detoxificação, são bons exemplos dessa relação de consumo dos polifenóis com a nutrigenética.
Por exemplo: se o seu paciente possui variações em genes relacionados à resposta inflamatória (IL-6 e TNF) e à capacidade antioxidante (SOD2, CAT e GPX1), a recomendação de polifenóis via alimentação ou suplementação, pode ser muito benéfica, pois serão capazes de atuar na regulação da expressão desses genes.
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Por fim, quando o profissional entende melhor as funções e os mecanismos pelos quais os polifenóis e outros nutrientes atuam, é possível relacionar os resultados genéticos com prescrições e suplementações individualizadas para cada paciente.