A farmacogenética é uma área da ciência que investiga a relação entre a resposta e medicamentos, de acordo com a variabilidade genética de cada pessoa. Assim como a Nutrigenética, os conhecimentos da área estão começando a ser difundidos por aqueles que buscam um tratamento mais personalizado.
Descubra neste artigo o que é farmacogenética e como ela pode ajudar na prática clínica!
O que é farmacogenética?
A Farmacogenética é a área da genética que estuda como cada pessoa, de forma individual, reage aos fármacos, sejam eles um anestésico, um remédio para dor de cabeça, um quimioterápico ou um antidepressivo.
Algumas pessoas possuem uma maior tolerância a ação de medicamentos, enquanto outras são mais sensíveis a eles. Todos nós conhecemos alguém que só sente os efeitos de um medicamento da marca X, enquanto, para você, somente o Y surte algum efeito.
E é exatamente essa diferença na resposta a um mesmo medicamento que a farmacogenética nos ajuda a compreender. Ela busca elucidar a forma como a variabilidade genética de cada indivíduo impacta na resposta aos medicamentos.
Qual a importância da farmacogenética?
Hoje, na prática clínica de quase todas as áreas da saúde, é corriqueiro o uso generalizado de medicamentos habituais para tratamento e prevenção de diversas doenças. Isso porque o risco do uso destes tipos de medicamentos é muito pequeno para a maioria das pessoas.
Analogamente, vivemos uma época onde os tratamentos são cada vez mais personalizados de acordo com as particularidades de cada indivíduo. Dessa forma, a farmacogenética vem ganhando destaque ao proporcionar um tratamento mais efetivo e adequado ao seu paciente.
Entretanto, com a vasta gama de medicamentos que surgem sem parar no mercado, como saber se o medicamento recomendado terá a eficiência esperada? Não só a idade, peso e hábitos alimentares do seu paciente, mas também sua genética pode influenciar na resposta às medicações prescritas.
Logo, a farmacogenética se torna extremamente relevante no cenário atual por permitir que sejam levados em conta, também, os aspectos genéticos de um indivíduo como fator de resposta a um medicamento.
Como a genética influencia na resposta aos fármacos?
A genética estuda como nosso DNA funciona e como as pequenas variações nele, que acontecem naturalmente de pessoa para pessoa, impactam na fisiologia e funcionamento do corpo.
E é o conjunto de todos os nossos genes, partes do DNA responsáveis pelas proteínas do nosso organismo, que inferem o modo como reagimos aos estímulos do ambiente em que vivemos. Seja esse estímulo a alimentação, a quantidade de Sol que se toma, a prática (ou não) de exercícios físicos, a qualidade do ar que respiramos, etc.
E, certamente, isso inclui os estímulos causados pelos fármacos normalmente de interesse médico. Eles são compostos químicos que causam reações em nosso corpo visando o tratamento de sintomas e doenças.
Assim, não apenas o estilo de vida, mas também a genética, têm influência na resposta aos diferentes medicamentos existentes. Influência esta que pode fazer com que os efeitos do medicamento sejam mais ou menos eficientes de acordo com cada pessoa.
Qual sua importância no cenário atual?
A cada dia que passa novas tecnologias inovadoras surgem com a expectativa de revolucionar a forma com a qual as coisas foram feitas até então. E, esse advento, vem acontecendo também com as mais diversas áreas da saúde.
Sabemos, e não é de hoje, que cada um possui uma necessidade específica e uma forma de supri-la que pode ser tão única quanto. Há muito tempo, medicamentos são usados para o tratamento e prevenção de diversas doenças, utilizando-se do mesmo medicamento para quadros semelhantes em diferentes pessoas.
Parte disso se deve à capacidade do organismo de absorver, metabolizar e eliminar medicamentos, cuja resposta varia de pessoa para pessoa, devido à composição genética de cada um. Em outras palavras, um tratamento pode ser otimizado, sendo mais eficiente e assertivo a partir dos conhecimentos adquiridos através da genética.
Assim, os conhecimentos em farmacogenética podem ser mais um instrumento na criação de intervenções clínicas mais individualizadas e efetivas.
Analisar as características genéticas dos pacientes para obter êxito em seu tratamento já é uma realidade em áreas que usam a genética como base. Analogamente temos alguns profissionais da nutrição, por exemplo, que através da nutrigenética conseguem alcançar resultados mais assertivos.