Os genes EPHX1 e CYP1A2 estão relacionados com o processo de detoxificação do nosso corpo. Confira!
Gene EPHX1
Nome: Epóxido Hidrolase 1
O Gene EPHX1 tem ação importante na fase 1 de detoxificação, metabolizando produtos tóxicos para sua posterior eliminação do organismo a partir da ação de outras enzimas relacionadas ao processo detox de proteção do nosso corpo.
Pesquisas mostram que a presença do alelo T confere atividade mais eficiente da enzima EPHX1 de tal forma que os seus portadores conseguem metabolizar poluentes cancerígenos como o benzopireno (encontrado na fumaça dos cigarros e da queima de combustíveis, em carnes grelhadas, alimentos defumados e no ar poluído) inativando-os e eliminando-os mais rapidamente.
Assim, para esses indivíduos, estão mais reduzidos os efeitos de danos celulares (especialmente no DNA), diminuindo, portanto, o risco de desenvolvimento de doenças como os cânceres de pulmão, ovário e próstata.
Genótipos possíveis para o gene EPHX1
Genótipo C/C
Este genótipo está relacionado a uma enzima de atividade mais lenta, o que pode comprometer a eficácia do processo de detoxificação do nosso organismo.
Genótipo C/T e T/T
O alelo T codifica a enzima de atividade rápida, o que indica um processo de detoxificação adequado à proteção do nosso organismo.
Gene CYP1A2
Nome: Citocromo P450 (membro 2, subfamília A, família 1)
O gene CYP1A2 codifica uma das principais enzimas hepáticas que fazem parte do conjunto de enzimas com ação na fase 1 do processo de detoxificação do nosso organismo, além de ter participação fundamental na metabolização da cafeína.
A enzima está envolvida no metabolismo de uma série de drogas de uso médico, além de poluentes carcinogênicos. Inclusive há indícios de que os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) – contaminantes de difícil degradação encontrados frequentemente na água, ar e alimentos – estimulam a produção de CYP1A2.
Pessoas que têm o alelo A deste gene carregam a versão mais rápida da enzima, o que permite uma metabolização mais ágil de compostos tóxicos às nossas células.
Genótipos possíveis para o gene CYP1A2
Genótipos C/C e C/A
Pessoas com esses genótipos podem ter seu processo de detoxificação comprometido. Além disso, tendem a ser mais sensíveis aos efeitos da cafeína.
Genótipo A/A
Pessoas com esse genótipo têm sido relacionadas a um processo mais eficiente de detoxificação. Também são capazes de sentir menos os efeitos da cafeína.
REFERÊNCIAS
Pastorelli et al. Impact of inherited polymorphisms in glutathione S-transferase M1, microsomal epoxide hydrolase, cytochrome P450 enzymes on DNA, and blood protein adducts of benzo(a)pyrene-diolepoxide. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, 1998.
Sachse et al. Functional significance of a C–>A polymorphism in intron 1 of the cytochrome P450 CYP1A2 gene tested with caffeine. British Journal of Clinical Pharmacology, 1999.
Castorena-Torres et al. CYP1A2 phenotype and genotype in a population from the Carboniferous Region of Coahuila, Mexico. Toxicology Letters, 2005.
Kim et al. Genetic polymorphisms and benzene metabolism in humans exposed to a wide range of air concentrations, Pharmacogenetics and Genomics, 2007.
Goode et al. Xenobiotic-Metabolizing Gene Polymorphisms and Ovarian Cancer Risk. Molecular Carcinogenesis, 2011.