O gene VDR é o principal gene associado à ação da vitamina D no nosso organismo – acompanhe nesse artigo, como é essa relação.

Gene: VDR

Nome: Receptor de Vitamina D

Este gene codifica um receptor ao qual se liga a vitamina D, permitindo que as células respondam aos seu estímulos, sendo o principal deles a regulação da absorção de cálcio e fosfato pelo organismo. Logo, variações no gene VDR causam alterações na afinidade de ligação do receptor à vitamina D, alterando a resposta a essa vitamina.

Variações de Resultado para o Gene VDR

Genótipos T/T ou C/T

A presença dos genótipos T/T ou C/T para o gene VDR está associada a uma menor resposta à vitamina D (e ao risco de possuir menor densidade mineral óssea), o que infere maior necessidade no consumo desta vitamina. Visto que existem poucos alimentos fonte dessa vitamina, é necessária uma avaliação de um nutricionista ou médico para orientar quanto a necessidade de suplementação, avaliando os hábitos, exposição ao sol e níveis sanguíneos de vitamina D.

Genótipo C/C

Pessoas com esse genótipo para o gene VDR não possuem necessidade de maior consumo da vitamina D. A quantidade diária recomendada é suficiente para o aproveitamento da vitamina.

A recomendação diária de consumo para pessoas saudáveis (ou seja, sem deficiência ou caso específico), é de 5 mcg/dia para homens e para mulheres até 50 anos. De 50 a 70 anos a recomendação sobe para 10 mcg/dia e em idosos acima de 70 anos recomenda-se 15 mcg/dia.

O gene VDR e a Vitamina D

A vitamina D é essencial para a manutenção adequada do nosso metabolismo, especialmente a saúde dos ossos e dentes, já que essa vitamina é essencial para adequada absorção e uso do cálcio pelo nosso organismo. No entanto, sua deficiência também está associada a problemas respiratórios, risco de desenvolvimento de câncer e doenças cardiovasculares, baixa imunidade e síndrome metabólica.

Sabemos que o Sol é um fator importante para a produção dessa vitamina, que também pode ser obtida através de alimentos (óleo de fígado de bacalhau, gemas dos ovos, peixes brancos, como arenque e cavala) e por meio de suplementação. 

Pesquisas indicam que pessoas que carregam o polimorfismo de risco têm menos vitamina D circulante e sentem menos os efeitos dessa vitamina quando ela não é consumida na quantidade apropriada. Isso porque variações no gene VDR alteram o receptor de vitamina D para uma versão menos eficiente. Ou seja, a ligação desse receptor fica prejudicada, sugerindo que o aumento de consumo dessa vitamina poderá repor a quantidade ideal da vitamina D para o organismo.

REFERÊNCIAS

Haussler et al. The Nuclear Vitamin D Receptor: Biological and Molecular Regulatory Properties Revealed. Journal of Bone and Mineral Research, 1998.

Horst-Sikorska et al. Association analysis of the polymorphisms of the VDR gene with bone mineral density and the occurrence of fractures. Journal of Bone Mineral Metabolism, 2007.

Pandovani RM et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais. Rev. Nutr., Campinas, 19(6):741-760, nov./dez., 2006.