Neste artigo viemos apresentar os principais equipamentos para nutricionistas, que ajudam na prática clínica.
O profissional da nutrição, ao avaliar seu paciente, deve inicialmente entender seu estado nutricional e verificar as necessidades individuais.
Dessa forma, é necessário uma série de exames que também você utilizará para ver a evolução da conduta escolhida.
E o uso de certos equipamentos são importantes para que esse processo seja correto.
Este é o assunto que vamos abordar neste novo artigo.
Avaliação Corporal
Os equipamentos para nutricionistas, que podem ser inseridos no consultório, são basicamente os destinados para a avaliação antropométrica, que envolvem a composição corporal.
A avaliação da composição corporal nada mais é do que a mensuração dos diferentes compartimentos do nosso corpo.
Assim, os indicadores aferidos diretamente no indivíduo são achados por meio de medidas, tais como circunferências, pregas cutâneas, peso, e suas relações com altura e idade.
Para isso, podemos destacar quatro equipamentos principais: a balança, o adipômetro, a bioimpedância e a fita métrica.
Quais são os principais equipamentos para nutricionistas?
Balança e estadiômetro
Desse modo, na avaliação com o uso desses equipamentos, você irá medir, peso (kg) e altura (m) do paciente.
Nesse caso, a análise do estado nutricional é limitada a medidas de peso e altura para posterior cálculo do índice de massa corporal (IMC = kg/m²).
Assim se classifica os pacientes como: baixo peso, eutróficos, com sobrepeso, ou com obesidade em seus diferentes graus.
Esse modelo, apesar de tradicional, não considera a quantidade de gordura corporal nem de massa magra.
Adipômetro
Com a “pinça” na pele do paciente, o adipômetro consegue separar a camada de gordura do tecido muscular.
A partir daí, os valores obtidos você coloca em uma fórmula e os valores de gordura corporal são estimados.
Atualmente, existem programas e softwares para nutricionistas que fazem esses cálculos automaticamente a partir dos valores de cada medida coletada.
A medição por meio desse instrumento tem baixo custo, sendo também pouco invasiva. No entanto, ela também apresenta algumas limitações.
Para garantir precisão e confiabilidade das medidas, é necessário equipamentos calibrados, um protocolo de avaliação adequado e, se possível, a avaliação pelo mesmo profissional que aferiu as medidas da primeira vez.
Aparelho de bioimpedância
É muito utilizado por não ser invasivo, de fácil manuseio e por ser um instrumento portátil, que possui as informações de maneira rápida.
Pode ser um investimento um pouco mais caro, em comparação com os demais.
O método de bioimpedância é uma passagem de uma corrente elétrica (indolor) através de eletrodos, que você coloca no corpo do paciente de acordo com o tipo de aparelho.
Assim, permite avaliar massa livre de gordura, massa gorda, e água.
Lembrando que o aparelho deve ser calibrado e estar em boas condições de uso para garantir que as medidas não sofram quaisquer interferências.
Outras ferramentas importantes
Outros instrumentos importantes para ter no consultório são a fita métrica (tradicional) e os kits de coleta para o teste genético (tecnologia recente).
Ambos são opções complementares, pois fornecem informações preciosas e diferenciais.
Fita métrica
Em primeiro lugar, ela é a mais básica e tradicional, as medidas de circunferência corporal são fáceis e rápidas de se aplicar.
Em suma, se faz a medição de vários perímetros corporais, como cintura, abdômen, pescoço, tórax, quadril, braços, antebraços, punhos, coxas e panturrilhas.
A de cintura, possui valores de referência que mostram qual o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principalmente por ser em uma região onde há acúmulo de gordura visceral.
Teste genético
Recente e com imenso potencial a análise do perfil nutrigenético dos pacientes permite identificar certas características e potencialidades fisiológicas.
É a partir dessas informações que podemos personalizar o planejamento alimentar e a suplementação de cada um deles.
Para começar a analisar o perfil nutrigenético na prática, além do conhecimento teórico das funções e características de cada gene, você precisa saber escolher um laboratório parceiro que contenha testes que se encaixem ao seu perfil de atendimento e modelo de trabalho.
O teste funciona com uma simples coleta de saliva, que você envia ao laboratório, que retorna com um laudo informando as predisposições genéticas que o paciente tem.
Por fim, se você não conhece o teste genético, pode implementar aos poucos em sua prática clínica, vendo a melhor forma de encaixar na consulta, tendo assim protocolos de prescrição individualizada e divulgando a novidade nas redes sociais.
Referências
International society of sports nutrition position stand: diets and body composition. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 2017.

Editora do Blog DGLab